Conforme nosso mundo fica mais quente e governos e corporações ficam cada vez mais distantes de cumprir metas e acordos globais no âmbito climático, cresce a atenção para os potenciais – e os limites – do jornalismo para um engajamento cívico pró-clima. De acordo com os cientistas, o jornalismo desempenha um importante papel na amplificação da discussão, definição de sentidos, apresentação de argumentos, valores e visões de mundo a respeito das mudanças climáticas. Sobretudo o jornalismo ambiental é entendido como uma das perspectivas emergentes que podem colaborar com o engajamento climático na medida em que seus pressupostos reforçam o compromisso com a sustentabilidade da vida, e assumem a crítica ao capitalismo, à colonialidade e à lógica do Norte Global. Ao se apresentar como uma prática engajada, o jornalismo ambiental assume como função política a sensibilização dos públicos para formas mais efetivas de enfrentamento à crise climática, entendendo que a informação qualificada auxilia em tomadas de decisão mais acertadas e alinhadas ao exercício da cidadania planetária. Contudo, será que essa é a mesma percepção da audiência?
Para além de entender a percepção do público sobre a atual cobertura climática na mídia, a pesquisa buscou levantar insumos para responder a questão: como os jornalistas promovem ou podem promover engajamento das pessoas nas ações pró-clima no seu fazer jornalístico? Parte da pesquisa foi publicada como artigo acadêmico na Revista de Ciências Humanas - Dossiê Mudanças Climáticas e Engajamento Digital, que está disponível aqui.
Resumo
- artigo
- Modefica
Autores
Eloisa Beling Loose
I.M.T. Girardi
Débora Gallas Steigleder
Eliege Maria Fante
Caroline Maldaner Jacobi
Lásaro José Thiesen
Bibiana Davila
Evilene Paixão
Marina Colerato
Coordenação do Projeto
Marina Colerato