A partir do trabalho de Maria Mies, Veronika Benholdt-Thomsen, Mary Mellor, Ariel Salleh, Vandana Shiva, Abdullah Öcalan, Jason Moore e outras pesquisadoras e pesquisadores que trabalham as relações entre patriarcado-capitalismo-ecologia, buscaremos compreender como as práxis ecofeministas podem colaborar para a construção de sociedades ecológicas e anti-patriarcais diante da intensificação da exploração e violência frente à estagnação secular dos lucros – ou, da crise epocal do capitalismo. Com esses autores, entenderemos como se estrutura a classe tripartite Femitariado, Biotariado e Proletariado e, portanto, porque feminismo é luta de classes.
Demonstrando a relevância do ecofeminismo na prática revolucionária no contexto contemporâneo, será analisado e debatido as práxis ecofeministas no Movimento das Mulheres Curdas, especificamente após a Revolução de Rojava e o desenvolvimento de Jineolojî (a ciência da mulher e da vida) e seus avanços e desafios na despatriarcalização da sociedade e na construção de uma sociedade de subsistência ecológica e democrática.
O conteúdo programático será baseado na minha dissertação de mestrado (disponível para download aqui). Os capítulos indicados deverão ser lidos semanalmente. No encontro online, teremos cerca de 45min de exposição teórica e 1h15 de diálogos e debates para discutir conceitos e ideias centrais apresentadas, tirar dúvidas e aterrizar o conhecimento na realidade cotidiana. Também serão enviadas sugestões de leituras complementares para quem quiser se aprofundar mais em cada temática abordada.
O que você vai aprender?
- Conceitos pertinentes como: acumulação primitiva, mais-valor/mais-valia, trabalho/trabalho produtivo/trabalho (re)produtivo, lei do valor, donadecaseficação;
- História das mulheres a partir de uma perspectiva material e cultural;
- Epistemologia ecofeminista e as particularidades do ecofeminismo socialista/materialista;
- Conectar pontos para entender o que o aumento da violência contra as mulheres, a crise climática e a estagnação secular dos lucros têm em comum;
- Identificar momentos de ruptura nos ciclos históricos e as similaridades com o atual contexto de múltiplas crises;
- Fundamentos básicos acerca da luta curda e Rojava, o pensamento de Abdullah Öcalanm e Jineolojî.
Como vai funcionar?
Os encontros serão online em uma turma de até 20 pessoas. O conteúdo programático será baseado na minha dissertação de mestrado (disponível para download aqui). Os capítulos indicados deverão ser lidos semanalmente. No encontro online, teremos cerca de 45min de exposição teórica e 1h15 de diálogos e debates para discutir conceitos e ideias centrais apresentadas, tirar dúvidas e aterrizar o conhecimento na realidade cotidiana. Também serão enviadas sugestões de leituras complementares para quem quiser se aprofundar mais em cada temática abordada.
Quando?
Serão seis encontros de duas horas (12h totais) entre outubro e novembro, um encontro por semana. Sempre aos domingos, das 10h30 às 12h30. O primeiro encontro acontece no dia 15/10 e o último no dia 19/11. Atenção às datas, pois os encontros não serão gravados.
Para quem?
Para qualquer pessoa interessada na temática e com disponibilidade de horário para participação ativa. Não é preciso ter nenhum tipo de conhecimento específico e os conceitos utilizados serão abordados ao longo dos encontros. É preciso disponibilizar cerca de 3 horas por semana à formação, com cerca de 1,5 hora de leitura (cerca de 30 páginas) e 2 horas de encontro semanalmente. Só se inscreva caso tenha disponibilidade.
Precisa pagar?
A 1ª Formação Ecofeminista é gratuita. A contribuição voluntária daquelas e daqueles que puderem contribuir é importante para apoiar meu trabalho de pesquisa e comunicação autônomos dado que não tenho outras fontes de renda fixa no momento. Abaixo, seguem sugestões de colaboração:
- Público geral: R$ 230
- Apoiadores do Lado B: R$ 150
- Eu + 1 (para você e para alguém que não pode contribuir): R$ 300
- Colabore com qualquer valor